O projecto
Desde os primórdios dos tempos que os fenómenos atmosféricos maravilham os humanos. De manifestações dos Deuses, a castigos celestiais, foram várias as explicações para estes mistérios com origem nos céus. Em 350 a.C. Aristóteles escreve o primeiro livro sobre meteorologia, intitulado “meteorologica” e, mais tarde, no século IX, o naturalista curdo Al-Dinawari escreve o “Livro das Plantas”, onde são feitas as primeiras dissertações sobre fenómenos meteorológicos como o vento, tempestades e relâmpagos. Em Portugal, os primeiros registos e observações meteorológicas foram realizadas pelo médico Tomás Heberden, no Funchal, entre os anos 1747 e 1753. Desde essa data, a ciência da meteorologia sofreu avanços muito significativos, com especial destaque para o século XX. Actualmente, grande parte destes fenómenos já tem a devida explicação científica, embora ainda subsistam muitos “segredos” por desvendar, na sua totalidade.
Permanece, no entanto, a “magia” subjacente à observação directa dos fenómenos atmosféricos mais extremos, em que todo o poder da atmosfera é revelado aos olhos de quem os observa. Da pura emoção, à descarga de adrenalina sentida em cada relâmpago que atravessa os céus e ao medo intrínseco do desconhecido, são estas sensações que impelem os “caçadores de tempestades” a perseguirem essas mesmas manifestações da atmosfera, com o objectivo de as “viverem” e de capturarem esses momentos em fotografia e vídeo.
Nasce, assim, o projecto ExtremAtmosfera, que tem como objectivo eternizar, em fotografia e vídeo, as várias manifestações atmosféricas ocorridas em solo português e, sempre que possível, noutros locais do planeta, partilhando-as, depois, com todos os interessados através do presente site.
A equipa
A equipa ExtremAtmosfera é constituída por 2 elementos, que partilham a paixão por este tema e que tentarão captar e partilhar as melhores imagens possíveis.
“Tinha eu cerca de 8 ou 9 anos quando, uma trovoada de grandes dimensões ocorrida na zona de Lagoa, ficou para sempre entranhada em mim. Do medo sentido na altura, surgiu o interesse em conhecer mais sobre o fenómeno em causa e, desde essa altura, a observação de trovoadas passou a ser um objectivo e uma paixão cada vez maior e que, com o passar dos anos, se alastrou a todos os outros tipos de manifestações mais extremas da atmosfera.” - Bruno Gonçalves.
"Desde pequeno que me lembro de acordar a meio da noite, abrir a janela do quarto e ficar a observar a beleza de uma bela trovoada, a cada relâmpago um arrepio, um mix de medo com excitação. Este gosto pela misteriosidade da meteorologia não se explica, sente-se a cada relâmpago." - Pedro Gonçalves.